Blog da modéstia

Artigo
Procurar:
Honestidade das palavras e respeito que se deve ao próximo

Honestidade das palavras e respeito que se deve ao próximo

“Se alguém não peca por palavras, é um homem perfeito.” (São Tiago)

Tem todo o cuidado em não deixar sair de seus lábios alguma palavra desonesta, porque, embora não proceda duma má intenção, os que a escutam a podem interpretar de outra forma. Uma palavra desonesta que penetra num coração frágil estende-se como uma gota de azeite e às vezes toma posse de tal modo dele que o enche de mil pensamentos e tentações sensuais.

É ela um veneno do coração, que entra pelo ouvido; e a língua que serve de instrumento a esse fim é culpada de todo o mal que o coração pode vir a sofrer, porque, ainda que neste se achem disposições tão boas que frustrem os efeitos do veneno, a língua desonesta, quanto dela dependia, procurou levar esta alma à perdição. Nem se diga que não seu prestou atenção, porque Nosso Senhor disse que a boca fala da abundância do coração. E, mesmo que não se pensasse nada de mal, o espírito maligno o pensa e por meio dessas palavras suscita o sentimento mau nos corações das pessoas que as ouvem.

Diz-se que quem comeu a raiz denominada angélica fica um hálito doce e agradável e os que possuem no coração o amor à castidade, que torna os homens em anjos na terra, só têm palavras castas e respeitosas. Quanto às coisas indecentes e desonestas, o apóstolo nem quer que se nomeiem nas conversas, afirmando que nada corrompe tanto os bons costumes como as más conversas.

Se se fala dissimuladamente e em torneios sutis e artificiosos de coisas desonestas, o veneno encerrado nessas palavras é ainda mais sutil, danoso e penetrante, assemelhando-se aos dardos, que são tanto mais para temer quanto mais finos são e mais agudas têm as pontas. Quem quer granjear deste modo o nome e a estima de homem espirituoso ignora completamente o fim da conversa; a conversa deve parecer-se com o trabalho comum de um enxame de abelhas para fazer um mel precioso, e o modo de agir dessas pessoas pode-se comparar a um montão de vespas em torno duma podridão.

Assim, se um louco te disser palavras indecentes, testemunha-lhe logo a tua indignação, voltando-te para falar com uma outra pessoa ou de algum outro modo que te sugerir a prudência.

Muito má qualidade é ter um espírito motejador. Deus odeia extremamente este vício e puniu-o, como se lê no Antigo Testamento, com muita severidade. Nada é mais contrário à caridade e máxime à devoção que o desprezo do próximo; mas a irrisão e a mofa trazem forçosamente consigo este desprezo; é, pois, um pecado muito grave e dizem os moralistas que, entre todos os modos de ofender o próximo por palavras, este é o pior, porque tem sempre unido o desprezo, ao passo que nos outros a estima ainda pode subsistir.

Mas, quanto a esses jogos de palavras espirituosas com que pessoas honestas costumam divertir-se, com uma certa animação, sem pecar contra a caridade ou a modéstia, são até uma virtude, que os gregos chamam eutrapelia ou arte de sustentar uma conversa agradável; servem-se para recrear o espírito das ocasiões insignificantes que as imperfeições humanas gerais fornecem ao divertimento.

Somente deve-se tomar o cuidado que essa alegria inocente não se vá tornando em mofa, porque esta provoca a rir-se do próximo por desprezo, ao passo que esses gracejos delicados só fazem rir por prazer e pelo espírito de certas palavras, ditas por liberdade, confiança e familiaridade, com toda a franqueza, e recebidas de boa mente, tendo-se completa certeza que ninguém as levará a mal.

Quando os religiosos da corte de São Luís queriam entabular uma conversa séria e elevada depois do jantar, dizia-lhes o santo rei: Agora não é tempo de arrazoar muito, mas de divertir-se com uma conversação animada; diga, pois, cada um, livre e honestamente, o que lhe vem ao pensamento. Queria com isso dar um prazer à nobreza de que se rodeava, condescendendo nestas provas familiares da bondade de sua real majestade.

Enfim, Filotéia, passemos o pouco tempo que nos é dado para uma conversa recreativa e agradável, de modo que a devoção aí praticada nos assegure uma eternidade feliz.

Texto retirado do livro “Filotéia”. São Francisco de Sales.

Categorias: Devoção e vida interior, Etiqueta comportamental, Regras da vida cristã

Tags: conversas, filotéia, honestidade

Produtos recomendados:

Publicado em: 7 de novembro de 2017.

Compartilhe este artigo:

Saia midi godê rosê com cinto e bolsos
Vestido midi evasê manga flare preto
Saia midi plissada preta bolinhas
Vestido chemise verde poá
Vestido longo de pregas rosa flores
Saia longuete jeans com cinto
Saia midi evasê marrom com botões e bolsos
Vestido midi transpassado rosa
Saia longuete quadriculada com cinto
Saia longa evasê jeans claro
Saia midi godê total rosas amarelas
Saia midi de nesgas azul marinho flores