Os textos do Concílio Vaticano II devem ser todos rejeitados?

Estudo
Procurar:
Os textos do Concílio Vaticano II devem ser todos rejeitados?

Os textos do Concílio Vaticano II devem ser todos rejeitados?

Podem-se dividir os textos do Concílio Vaticano II em três grupos:

1. Alguns poderiam ser aceitos, pois estão conformes à Doutrina Católica, como, por exemplo, o decreto sobre a formação dos padres; 

2. Outros são equívocos, isto é, podem ser compreendidos corretamente; mas também podem ser interpretados em sentido errôneo; 

3. Alguns, enfim, não podem ser compreendidos num sentido ortodoxo; na sua atual formulação, não podem ser aceitos. É o caso da Declaração sobre a Liberdade Religiosa

Os textos ambíguos podem ser aceitos, se forem – segundo a expressão de Monsenhor Lefebvre, interpretados à luz da Tradição. Os textos do terceiro grupo não podem ser aceitos antes de terem sido retificados.

De onde vem o caráter ambíguo de alguns textos de Vaticano II?

Os equívocos foram introduzidos voluntariamente nos textos conciliares para enganar os Padres conservadores. Enchia-se-lhes de ilusões, insistindo sobre o fato de que o texto não queria, no fundo, dizer nada diferente do que o que a Igreja havia sempre ensinado. Mas, na sequência, foi possível apoiar-se sobre essas passagens para defender teses totalmente heterodoxas.

Há provas de que essas ambiguidades foram voluntariamente introduzidas?

Karl Rahner e Herbert Vorgrimler confirmam a coisa, quando eles escreveram, por exemplo, que se “deixou aberto um certo número de questões teológicas importantes, sobre as quais não se chegaria a acordo, escolhendo-se formulações que poderiam no Concílio ser interpretadas diferentemente pelo grupos e tendências teológicas particulares” [86]

Como se podia justificar uma tal imprecisão nos textos conciliares?

Essa fluidez deliberada era justificada pelo fato de o Concílio Vaticano II se querer apenas como um Concílio “pastoral” e, que, então, não era mais necessário que se exprimisse com toda a clareza teológica requerida para um Concílio dogmático.

Podeis dar exemplos destas ambiguidades calculadas?

Um exemplo dessa ambiguidade é dado pela famosa expressão “subsistit in” introduzida na Constituição Dogmática Lumen gentium sobre a Igreja (I,8). Declarou-se ali que a Igreja de Cristo “subsiste na” Igreja Católica.

Qual é o ensinamento tradicional sobre esse assunto?

O ensinamento tradicional diz, expressamente, que a Igreja de Cristo é a Igreja Católica. Essa palavra “est” se acha ainda nos primeiros projetos dessa Constituição sobre a Igreja. A palavra foi, em seguida, substituída pela expressão “subsistit in”. É evidente que essa mudança não foi operada sem motivo.

Por que a palavra “est” é aqui tão importante?

A Igreja Católica não é somente uma certa realização da Igreja de Cristo: Ela é a Igreja de Cristo. Isso significa que há uma identidade absoluta entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja Católica. As outras comunidades eclesiais não pertencem de modo nenhum à Igreja de Cristo. Ora, a expressão “subsistit in” introduz uma ambiguidade justamente neste ponto.

A Congregação para a Doutrina da Fé não deu a interpretação correta deste “subsistit in” nos seus documentos de 2000 (Dominus Iesus) e de julho de 2007?

A Congregação para a Doutrina da Fé rejeitou a interpretação modernista mais extremista da expressão: aquela segundo a qual a Igreja Católica seria apenas uma realização, dentre outras, da Igreja de Cristo. Porém, veremos, aqui nesta obra, na pergunta nº 45, que também não reafirmou, por outro lado, a doutrina tradicional: aquela segundo a qual a Igreja Católica é pura e simplesmente a Igreja de Cristo.

A fórmula “subsistit in” permite, com efeito, sustentar que haveria, fora da Igreja Católica, “verdadeiras realidades eclesiais”.

Sabe-se quem está na origem dessa expressão “subsistit in”?

O pastor protestante Wilhelm Schmidt reivindicou a paternidade desta nova expressão. Eis aqui seu testemunho:

“Era, então, pastor da igreja da Santa Cruz, em Bremem-Horn, e, durante a terceira e a quarta sessões, observador no Concílio, como representante da Fraternidade Evangélica Michael, a convite do Cardeal Bea. Propus, por escrito, a formulação “subsistit in” àquele que era, então, o conselheiro teológico do Cardeal Frings: Joseph Ratzinger, que a transmitiu, então, ao Cardeal.” [87]

Notas:

[85] Citado por M.Malinski, Mon ami Karol Wojtyla, Paris,Le Centurion, 1980, p.189

[86] K.Rahner e H.Vorgrimler, Kleines Konzilskompendium. Sämtliche Texte des Zweiten Vatikanums,Fribourg, Herder, 1986, p.21.

[87] Pastor protestante Wilhelm Schmidt (não confundir com o etnólogo homônimo), carta de 03 de abril de 2000 ao autor deste Catecismo (o pastor Schmidt precisa em sua carta: “Nada tenho a objetar à publicação desta informação”)

Catecismo Católico da Crise na Igreja. Pe. Mathias Gaudron.

Notas da imagem:

Imagem do Catecismo de São Pio X, que é um pequeno e simples catecismo, escrito pelo Papa São Pio X em 1905, com o importante objetivo de popularizar o ensino do catecismo na Igreja Católica e tornar os católicos mais informados e conhecedores da sua fé e doutrina.

O Novo Catecismo fez uma ruptura com a doutrina da Fé católica. Isto mesmo afirma o livro Introdução ao cristianismo onde afirma que a Fé não precisa de recitação de doutrinas, uma aceitação de teorias sobre questões das quais nada se sabe. E outros erros doutrinários como a afirmação de que "o culto da única verdadeira religião subsistit in na Igreja católica e apostólica".

A ambiguidade dos textos do Vaticano II fica patente nesse “subsistit in”, insinuante de heresia e de relativismo eclesiológico. E foi com base nessa ambiguidade que muitos passaram a afirmar que não só a Igreja Católica Apostólica Romana é a Igreja de Cristo. Esta teria passado a ser uma espécie de federação de seitas.

Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva na Igreja e do Magistério autêntico. Devido a isso, é extremamente recomendado a leitura deste catecismo que resume o Catecismo Romano, produto importante do infalível Concílio de Trento.

Já o Novo Catecismo, de cor amarela como é conhecido, é um produto do pastoral Concílio Vaticano II, portanto passível a erros.

Produtos recomendados:

Leia também o próximo estudo:

Compartilhe este estudo:

Saia midi de nesgas azul marinho rosas
Saia midi godê total azul flores
Saia midi godê azul risca de giz com bolsos
Saia longa franzida branca
Saia longa evasê franzida azul marinho
Vestido midi evasê amarelo poá
Saia midi preta cinto e bolsos
Saia longa de renda
Saia midi plissada azul marinho flores
Vestido midi vermelho poá
Saia midi godê preta com botões
Vestido midi godê total preto e branco borboletas